Origamis, a arte milenar japonesa de criar representações com as dobras geométricas de uma peça de papel, têm ampla aplicação na ciência, na tecnologia e na educação. A automontagem aplicada aos origamis, por exemplo, é uma aposta inovadora que está sendo aplicada na engenharia de materiais, engenharia elétrica, robótica, nanotecnologia, dentre outras áreas.
Origamis nanotecnológicos, por exemplo, foram empregados para a criação de células solares tridimensionais. Começam com uma porção circular muito fina de silício, ou qualquer material feito em películas, e, após adicionar-se uma gota de água no centro do pequeno disco, as bordas da películas são puxadas pelas forças de capilaridade conforme a água evapora, fazendo-o dobrar ao redor da gota, assumindo seu formato.
Na robótica, os origamis automontados foram aplicados na criação de robôs capazes de se montar e movimentar autonomamente, assumindo formatos pré-determinados quando aquecido e dobradiças automáticas. As dobraduras são vantajosas ao robô pois evitam a montagem de equipamentos eletromecânicos complexos e integra componentes ainda na forma plena. As máquinas feitas com este processo são de alta acessibilidade, por sua construção ser simples e de baixo custo. Ainda são adaptáveis e fáceis de transportar em grandes quantidades, com aplicações como missões de busca e resgate em prédios desabados.
Diante disso, percebemos que trabalhar com origamis automontados é uma abordagem para a inovação de alta eficiência, custo-benefício e sustentabilidade.