Artigo: Urbanização e efeitos na precipitação da Macrometrópole Paulista. I Fórum de Governança Ambiental da Macrometrópole Paulista
Em 2010 foi estimado que mais de 3,8 milhões de pessoas vivem em assentamentos precários na Macrometrópole Paulista (MMP), principalmente nas regiões metropolitanas mais urbanizadas, sendo esta a população mais vulnerável aos desastres naturais de eventos extremos pluviométricos. Alguns trabalhos já associaram o efeito da urbanização ao aumento de chuvas extremas em importantes cidades do Brasil. Neste trabalho foi avaliada a tendência de precipitação anual de longo prazo na MMP, assim como a transformação na paisagem no período recente. Nos últimos 30 anos a mudança mais significativa na ocupação do solo na MMP foi o crescimento de áreas urbanas e da silvicultura. Em média, de 1975 a 2015, a região apresenta tendência de diminuição da precipitação anual. No entanto, séries locais, mais próximas de intensa urbanização, tendem a aumentar a precipitação total anual. Dessa forma, a urbanização pode estar se tornando mais intensa em regiões mais vulneráveis, porém, mais escassa em áreas importantes para o abastecimento hídrico.
MACHADO, C. B., FREITAS, E. D. (2019). Urbanização e efeitos na precipitação da Macrometrópole Paulista. I Fórum de Governança Ambiental da Macrometrópole Paulista, Painel 1 – Governança Ambiental: novas agendas de pesquisas, discussões teóricas e metodológicas. Apresentação oral e publicação em anais. 24 e 25 de abril de 2019.