Territorialidades, espacialidades e inovação

O subgrupo “Territorialidades, espacialidades e inovação na governança ambiental”, mais frequentemente referido como “território”, foca nas dinâmicas, planejamento e governança territoriais, partindo de dois pressupostos: as mudanças climáticas e o processo de macrometropolização de São Paulo, procurando ver se as estruturas de planejamento e governança são capazes de promover melhorias ecossistêmicas ou se há uma manutenção, ou até mesmo aceleração, do status quo.

A hipótese é que o cenário de mudanças climáticas, especialmente de eventos extremos associados à variabilidade climática, vem provocando mudanças no sistema e na cultura de planejamento. Tais mudanças promoveram inovações e melhorias nas condições ambientais e ecossistêmicas, no entanto, esses impactos positivos não são suficientes para alterar o padrão insustentável do modelo de desenvolvimento – no nível macro – e do padrão de produção e reprodução espacial – no nível local/regional – caracterizados pela degradação, segregação e desigualdades socioambientais. Especialmente sobre eventos extremos, a hipótese é que as respostas a esses são caracterizadas por ações estruturais (implementação de infraestrutura de caráter remediador)  e de medidas caracterizadas por baixo nível de transparência, de participação e com caráter autoritário, no sentido da manutenção das desigualdades e de assimetrias de poder relativas aos custos e aos benefícios das decisões.