Especialistas Seniores em Covid-19 com atuação no Brasil

Vilma Sousa Santana

Graduada em Medicina (1974), com Mestrado em Saúde Pública (1978) pela Universidade Federal da Bahia. Obteve o título de Ph.D. em Epidemiologia pela University of North Carolina, UCN-CH (1993), onde também realizou pós-doutorado em Epidemiologia Ocupacional (1998). É Professora Titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, e credenciada como Adjunct Faculty Abroad na University of North Carolina. Atua na área de Saúde do Trabalhador, especialmente em Epidemiologia da Saúde do Trabalhador, desenvolvendo pesquisas sobre determinantes da saúde no trabalho, acidentes de trabalho, trabalho da criança e do adolescente, emprego em serviços domésticos e na construção civil, avaliação de programas, custos com agravos ocupacionais à saúde, discriminação racial e a segurança e saúde dos trabalhadores. Foi colaboradora do Injury Research Prevention Center da University of North Carolina. Coordena cursos de especialização em saúde do trabalhador presenciais, e a distância. Desenvolveu trabalho de assessoria ao SINDOMESTICO, ao Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, e ao Serviço Social da Indústria, SESI. Foi vice-coordenadora da Rede de Conhecimento sobre Condições de Emprego e Desigualdades de Saúde, EMCONET, parte da Comissão de Determinantes Sociais de Saúde da Organização Mundial de Saúde. Dirige o Centro Colaborador ISC/UFBA-MS/SVS/DISAST/CGSAT que apóia a consolidação da Vigilância Epidemiológica em Saúde do Trabalhador na Rede Nacional de Atenção em Saúde do Trabalhador, com ações de pesquisa, ensino e cooperação técnica. Coordena o Estudo de Caso Brasil da Iniciativa de Segurança e Saúde do Trabalhador Informal da Women's Informal Employment Globalizing and Organizing, WIEGO. Foi coordenadora do componente Brasil do Projeto The child labour evidence to action research group, CLEAR, desenvolvido com a University McGill, Canadá. Atualmente colabora com a University College of London, Prof. Devakumar Delajanthan e Profa. Ligia Kiss no Projeto Efeitos sobre a Saúde Mental de Exposição a Violência em Vizinhança no Brasil como coordenadora do subprojeto UFBA/ISC. Coordena o Projeto Asbesto e Efeitos sobre a Saúde no Brasil sob a responsabilidade da UFBA e FUNDACENTRO, que conta com a colaboraçao de dezenas de centros de pesquisa científica no Brasil. (Texto informado pelo autor)

  • https://lattes.cnpq.br/7951552043187056 (25/10/2021)
  • Rótulo/Grupo:
  • Bolsa CNPq: Nível 1C
  • Período de análise:
  • Endereço: Universidade Federal da Bahia, Instituto de Saúde Coletiva, Departamento de Saúde Coletiva I. Rua Basílio da Gama s/n Canela 40110040 - Salvador, BA - Brasil Telefone: (71) 32837418 URL da Homepage: https://www.isc.ufba.br
  • Grande área: Ciências da Saúde
  • Área: Saúde Coletiva
  • Citações: Google Acadêmico

Produção bibliográfica

Produção técnica

Produção artística

Orientações em andamento

Supervisões e orientações concluídas

Projetos de pesquisa

Prêmios e títulos

Participação em eventos

Organização de eventos

Lista de colaborações


Produção bibliográfica

Produção técnica

Produção artística

Orientações em andamento

Supervisões e orientações concluídas

Projetos de pesquisa

  • Total de projetos de pesquisa (7)
    1. 2019-Atual. Fatores Ambientais e Ocupacionais para o Cancer de Estomago
      Descrição: O câncer de estômago (CE) é uma das neoplasias mais comuns em todo o mundo, especialmente o adenocarcinoma gástrico (AdG). Fatores de risco conhecidos são o H. Pylori, tabagismo e baixo status socioeconômico, além da idade acima de 45 anos, o sexo masculino, dieta com alta ingestão de sal e conservantes, sedentarismo, obesidade e antecedentes familiares (Karimi et al, 2014; Forman e Burley, 2006). Todavia, vários estudos vêm demostrando que exposições ocupacionais podem ter um papel importante entre as causas do CE. O Brasil, um dos principais produtores de alimentos de origem agropecuária, é o maior consumidor e o 3º. maior produtor de agrotóxicos no mundo, e ainda tem o uso seguro dessas substâncias como política, apesar das evidências de pouca conformidade com as normas e recomendações nacionais ou internacionais. Estudos com populações circunscritas de agricultores mostram que as prevalências de exposição a agrotóxicos baseadas em auto relatos variam de 42% a 74.8% (Campos et al., 2016; Piccoli et al., 2016; Nishyama, 2003), com níveis ainda mais elevados quando se empregaram marcadores biológicos de agrotóxicos do grupo de organoclorados (Cremonese et al., In press) que são biopersistentes. Exposição a outros compostos químicos variam, com maiores prevalências para Isoxazolidinone (80,0%), dinitroanilina (77,3%), dicarboximida (68,2%), piretróides (60,8%) dentre outros (Campos et al, 2016). Em uma revisão recente (Almeida, 2018), verificou-se que fatores ocupacionais para o CE em agricultores são o uso de agrotóxicos com brometo de metila® (Barry et al., 2012; Mills e Yang, 2007), malathion, clordano®, 2,4-D®, propargite®, trifluralina®, mancozeb e maneb (Mills e Yang, 2007), herbicidas (Saftlas et al., 1987), cultivo de azeitonas (Settimi et al., 2001), cítricos (Mills e Kwong, 2001) e atividades como a produção de leite e criação de gado (Burmeister et al., 1983). O uso de agrotóxicos por 10 anos ou mais (Forastiere, 1993) ou 14 anos ou mais de trabalho na agricultura (Mills e Kwong, 2001) se associaram com o CE, apoiando essa hipótese. Todos esses achados resultam de análises exploratórias e, portanto, não conclusivas. Objetivo geral - Pretende-se identificar fatores de risco ocupacionais para o CE, focalizando a atividade na agricultura e outras ocupações de exposição potencial a agrotóxicos, empregando-se modelos multicausais que integram componentes sociais, comportamentais e biológicos (genômica) empregando-se diagramas acíclicos causais. Antecedentes - Este Sub-Projeto compõe o Projeto ?Epidemiologia e Genômica de Adenocarcinomas Gástricos no Brasil?, estudo caso-controle multicêntrico conduzido em parceria por várias instituições nacionais e estrangeiras, com coleta de dados em curso em São Paulo, Fortaleza e Belém. Planeja-se introduzir um centro na Bahia, com recrutamento de sujeitos em duas unidades oncológicas do SUS, na cidade de Salvador, para onde convergem 66% dos casos. A coleta de dados será realizada com questionário específico para identificação de trabalhadores potencialmente expostos a agrotóxicos e, dentre esses, o detalhamento da experiência de exposição com base em instrumentos empregados em outros estudos (Brouwer et al, 2016; Blanco-Romero et al., 2011) considerando-se o tipo de cultivo e tarefas de trabalho (Brouwer et al, 2014) e as substâncias químicas prevalentes no país como o glifosato, malathion, DDT e outros organoclorados, organofosforados e piretróides. Esses questionários serão testados para avaliação da adequação da linguagem e validade, e poderão ser incluídos para os novos sujeitos do estudo dos demais centros. As características específicas destas exposições, como tempo, duração, frequência e intensidade e outras exposições e interações serão estimadas. como poeiras, gases de escape de máquina agrícola, e residência em área rural empregando também marcadores da genômica .. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / CONSONNI, DARIO - Integrante / Cleber Cremonese - Integrante / Fernando Feijó - Integrante / Maria Paula Curado - Integrante / Luiza Taciana Rodrigues de Moura - Integrante. Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro.
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    2. 2019-Atual. VIOLENCIA NA COMUNIDADE E A SAUDE MENTAL DE ADOLESCENTES NO BRASIL
      Descrição: Pretende-se reduzir a carga dos problemas de saúde mental associados a exposição à violência na comunidade em adolescentes que vivem no Brasil. Pretendemos, para isso, criar um Centro Internacional de Pesquisas em Saúde Mental e Violência na Comunidade - um espaço interdisciplinar de pesquisas colaborativas incluindo formuladores das políticas públicas no Brasil.Em países com alta renda per capita, a exposição à violência na comunidade é consistentemente associada a problemas de saúde mental1, especialmente quando vivenciada durante o desenvolvimento e acumulada ao longo do curso da vida.2 Transtorno do Estresse Pós-Traumático (PTSD) e depressão são os desfechos mais comuns da exposição à violência na comunidade.3 Problemas de comportamento costumam resultar da exposição à violência na comunidade e contribuem para a sua perpetuação.4 Apesar disso, pouco se sabe sobre a relação entre os diferentes tipos de violência na comunidade e problemas de saúde mental em países com baixa ou média renda per capita, em geral e na América Latina.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Doutorado: (1) . Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / Ligia Kiss - Integrante / Fernando Feijó - Integrante / Leonardo Salvi - Integrante / Caroline Feitosa - Integrante / Delanjathan Devankumar - Integrante / Aline Cristina Gusmão - Integrante. Financiador(es): Medical Research Council - London - Auxílio financeiro.Número de orientações: 1
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    3. 2017-Atual. Projeto Fatores de Risco Ambientais e Ocupacionais para a Insuficiencia Renal de Causa Indeterminada no Brasil
      Descrição: Kidney Failure (KF) is a rare lethal syndrome commonly associated with hypertension and type 2- diabetes mellitus, nephrotoxic substances, infectious diseases, rhabdomyolysis or other source of renal stress. An epidemic of chronic kidney disease of unspecified causes (CKDU) was reported in Central America countries in 2002 which affects mostly male young sugar cane laborer (Garcia-Trabanino et al, 2015). Reports from other countries, India, Sri Lanka and Egypt show similar findings although not limited to rural workers, involving also construction and manufacturing workers. There are consistent evidences that exposure to high temperatures, dehydration, strenuous workload, jobs performed outdoor with limited workers? access to drinking water, common among rural workers from low-income tropical countries are associated to KF of undetermined cause (KFU) (Nerbass et al., 2017). However, the combined or intermediate role of exposure to pesticides, heavy metals, infectious diseases among other known KF risk factors needs to be further investigated. Studies from other tropical countries such as Brazil, where agriculture is expressive, involves extensive areas of semiarid climate, draughts, high use of pesticides and poor enforcement of workers? protection norms, particularly in rural areas, may add relevant knowledge on the causes of KFU. In Brazil, heat stress overburden was found among sugar cane workers (Roscani et al., 2017; Vilela et al, 2015; Reis, 2014) but no research was found for the association with kidney diseases or on the increase on KFU related deaths. In this study, we investigate KFU mortality in Brazil from 2006 to 2015, exploring: 1) temporal trends of mortality rate of acute, chronic and non-specified KDU by sociodemographic variables and spatial distributions; 2) the association of KDU deaths with agriculture-related occupations using proportionate mortality odds ratios, stratified by sociodemographic and spatial variables; 3) ecological analysis of predictor contextual variables of climate changes (using meteorological data from the weather stations placed in Brazil), water quality indicators including pesticides data from the National Water Quality Surveillance (Health Ministry, DSAST and social inequities and human development, among other social and pesticides-related data.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Doutorado: (1) . Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / Kionna Bernardes - Integrante / Felipe Campos - Integrante / Daniel Pires Bitencourt - Integrante / Cleber Cremonese - Integrante / Daniela Buosi Rohlfs - Integrante / Karla Baeta - Integrante / Fernando Feijó - Integrante / Ismael Henrique da Silveira - Integrante. Número de orientações: 1
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    4. 2015-Atual. Projeto Interdisciplinar de Estudos sobre o Asbesto e Efeitos sobre a Saude
      Descrição: O asbesto é um mineral fibroso com características físico-químicas de resistência à tração, altas temperaturas, isolamento térmico, além de ser adequado para a fiação compondo tecidos. Estas propriedades fizeram com que sua utilização crescesse exponencialmente no século XX, notadamente em países industrializados. A partir dos anos 50 do século passado, surgiram evidências da sua carcinogenicidade, além de causar problemas de saúde outros como a asbestose, um tipo de pneumoconiose e placas pleurais, dentre outros efeitos que se encontram ainda sendo descobertos. Isso resultou na queda de sua utilização a partir dos anos 80, culminando com a recomendação pelo seu banimento pela Organização Mundial da Saúde, já adotado em mais de 55 países. Atualmente, o asbesto é considerado o principal cancerígeno ocupacional, responsável por 1/3 dos cânceres causados por exposições em ambientes de trabalho. Por ser bastante popular e disseminado o seu uso na forma de diferentes produtos, exposições não ocupacionais são também comuns, podendo ser ambientais, no domicílio e/ou no entorno de depósitos naturais ou de fontes industriais que manipulam o asbesto, embora existam evidências de que as exposições ocupacionais têm maior frequência, intensidade e duração do que as ambientais. O Brasil é o terceiro maior produtor de asbesto no mundo e o segundo maior exportador, ficando entre os cinco países de maior consumo desta fibra, especialmente em produtos de fibrocimento ou cimento-amianto. Entretanto, diferentemente de outros países também produtores e consumidores desta fibra, os coeficientes de mortalidade por mesotelioma calculados com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, são muito baixos, próximos aos estimados em países onde não há utilização do asbesto. Considera-se que existam várias barreiras para que os casos não sejam identificados por falta de treinamento dos médicos, uma vez que para o mesotelioma o diagnóstico é complexo requerendo formação especializada, a baixa cobertura por serviç8os capacitados para o reconhecimento e da notificação nos sistemas de informação da vigilância como o SINAN. Vários relatos de vítimas portadoras de enfermidades relacionadas ao asbesto mencionam pressões para o não registro de casos por evidenciarem provas em processos judiciais de reparação. No Brasil, são vários os sistemas de informação que registram dados relevantes para se estimar medidas de morbimortalidade de enfermidades relacionadas ao asbesto, que permitem também a estimativa de sub-registro, sub-notificação e sub-enumeração. Estimativas mais acuradas permitem melhor dimensionamento da extensão e gravidade dos efeitos do asbesto sobre a saúde e a sua importância para o estabelecimento de políticas de proteção dos trabalhadores e da população em geral. Neste projeto pretende-se trabalhar com bases de dados nacionais de trabalhadores registrados, como a RAIS, CAGED e CNIS, de responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego, de fontes de dados sobre registro de enfermidades como a Previdência Social (sistema de benefícios de compensação, SUIBE, e de notificação de acidentes de trabalho (SISCAT)), bem como as bases do SUS, notadamente o SIM e o SINAN, além da SIH-SUS para se obter o maior número possível de registros de casos para então produzir estimativas mais precisas. Nossos objetivos são, portanto: 1) Estimar prevalência de exposição ao asbesto em trabalhadores potencialmente expostos empregando uma matriz de exposição ao asbesto; 2) Estimar oeficientes de mortalidade e morbidade; 3) Estimar indicadores de qualidade e cobertura dos registros de mesotelioma em São Paulo; 4) Elaborar mapas da distribuição de casos com a base de dados completa.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (1) / Mestrado acadêmico: (1) / Doutorado: (3) . Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / Heleno Correa Filho - Integrante / Eduardo Algranti - Integrante / Leticia Nobre - Integrante / Andrés Trotta - Integrante / marcos bussacos - Integrante / Franciana Cavalcante - Integrante / Cézar Saito - Integrante / CORRÊA, MARIA JULIANA MOURA - Integrante / Felipe Campos - Integrante / Simone Santos - Integrante / INAMINE, ROSEMEIRE N. - Integrante / CONSONNI, DARIO - Integrante / Fernanda Giannasi - Integrante / Leonardo Salvi - Integrante / Fernando Fernandes - Integrante / Lucas Cuani - Integrante / Diego Mendonça - Integrante / Soraya Wingester - Integrante / Elizabete Medina - Integrante / Caio Formiga - Integrante / Maria Paula Curado - Integrante / Mateus Lisboa - Integrante / Claudia D'Arede - Integrante / Belmiro Silva - Integrante / Carolina Terra Luizaga - Integrante / Clóvis Pinto - Integrante / Eduardo Caetano - Integrante / Ester Coletta - Integrante / Fabiola Del Carlo Bernardi - Integrante / Inácio Teixeira - Integrante / Ivanir Martins de Oliveira - Integrante / Jesuína do Socorro Mendes Castro - Integrante / Marisa Dolhnikoff - Integrante / Patricia Canto Ribeiro - Integrante / Ubirani Otero - Integrante / Sônia Maria Sales da Silva - Integrante / Tatiana Toporcov - Integrante / Thais Mauad - Integrante / Ubiratan de Paula Santos - Integrante / Ricardo Lorenzi - Integrante. Financiador(es): Ministério Público do Trabalho - Auxílio financeiro. Número de produções C, T & A: 22 / Número de orientações: 2
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    5. 2013-Atual. Projeto Trabalho na Agricultura, Agrotoxicos - Fatores de Risco Ambientais e Ocupacionais e Efeitos sobre a Saude do trabalhador
      Descrição: A agropecuária ocupa uma parcela significativa da população economicamente ativa brasileira, em torno de 15%. Essa atividade produtiva consiste no conjunto de atividades primárias, a agricultura, a pecuária, criação de animais, dentre outras. Apesar de sua importância para o Produto Interno Bruto nacional e empregar um segmento da população pobre os problemas de saúde desses trabalhadores é pouco visível no Brasil. Pesquisas realizadas em outros países e demonstram o elevado risco de agravos à saúde relacionados ao trabalho como o câncer de pele devido a exposição ao sol constante, doenças respiratórias devido à exposição a poeiras e contato com resíduos biológicos a exemplo de fluídos orgânicos de animais, acidentes decorrentes do manejo de instrumentos de trabalho cortantes, acidentes com veículos motores, contato com produtos químicos, dentre outros. Essas exposições se tornam mais perigosas ao se juntarem a aspectos da situação social que amplia a gravidade destes problemas de saúde, principalmente no contexto de desigualdade social. Entre os agravos conhecidos por prevalecerem entre as causas de morte em agropecuários destacam-se os cânceres, doenças neurodegenerativas, acidentes de trabalho, intoxicação por agrotóxicos, doenças respiratórias, transtorno mentais e suicídio. No Brasil, apenas poucos estudos qualitativos tratam da questão, e raros estudos epidemiológicos vêm tratando das intoxicações agudas por agrotóxicos e acidentes de trabalho em populações circunscritas. Em estudos anteriores feitos pelo PISAT, o coeficiente de mortalidade por acidentes de trabalho neste ramo no País foi de 8,5 / 100.000 segurados, quarta maior estimativa. Ainda com dados do INSS, a estimativa da mortalidade por acidentes de trabalho na Agropecuária foi maior, 14,6 / 100.000 em 2006, com tendência de queda para 11,7/100.000 em 2008 (CCVISAT, 2011). Resultados mais recentes mostram que trabalhadores segurados e não segurados apresentam um coeficiente de mortalidade padronizado por idade em 7,3/100.000 e tendência de elevação entre 2000 e 2013, mesmo considerando-se mudanças na qualidade dos registros das declarações de óbito ao longo do período (Ferreira-de-Sousa & Santana, 2016). A estimativa da mortalidade por acidentes de trabalho na Agropecuária foi menor do que a de outros países, e a tendência no sentido contrário, de aumento da mortalidade, relativa ao que vem sendo verificado em outros países, conhecidos por melhores condições de trabalho. A mortalidade por intoxicações por agrotóxicos estimada com dados do SIM foi de elevada quando comparada a de outros países, mas em curva descendente (Santana et al., 2013). A qualidade e cobertura dos dados de diversos sistemas de saúde do trabalhador vêm sendo apontadas como determinantes de subestimação das medidas de mortalidade, mas inexistem estimativas de indicadores específicos que permitam apontar direções para melhorias. Ademais faltam também estudos que mostrem os diversos efeitos sobre a saúde, como as neoplasias, as doenças infecciosas, as doenças neurodegenerativas que poderão contribuir para a definição de programas prioritários de prevenção e cuidado. Neste Projeto, composto por vários subprojetos, analisam-se a morbimortalidade de vários desfechos em saúde, a exemplo do câncer de estômago, fatores associados, perfil de mortalidade e de afastamentos do trabalho por motivo de saúde, dentre outros. Esses estudos analisam dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), SINAN, SUIBE e SISCAT, dentre outros. Pretende-se também avaliar o impacto do PRONAF sobre a permanência na escola de filhos de agricultores, e exposição ambiental e ocupacional a agrotóxicos.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado profissional: (0) / Doutorado: (1) . Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / Yukari Figueroa Mise - Integrante / Maria Cláudia Peres Moura Luna - Integrante / Cleber Cremonese - Integrante / Luiza Taciana Rodrigues Moura - Integrante / Eliana Costa Guerra - Integrante. Número de produções C, T & A: 14 / Número de orientações: 1
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    6. 2010-2019. Integracao de Acoes de Saude do Trabalhador na Atencao Basica de Saude
      Descrição: A economia informal é um conjunto heterogêneo de atividades econômicas, de pequenos negócios que se desenvolvem com intensa mão de obra familiar e não contam com o registro legal da empresa e/ou dos seus trabalhadores (OIT, 1997). O trabalho informal vem se reduzindo no Brasil mais ainda é fonte de renda e sobrevivência para 47% da população economicamente ativa (IBGE, 2008). Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD mostram que 5,6% dos trabalhadores informais na área urbana desenvolvem alguma atividade econômica no domicílio (PNAD, 2007) e 37% dos trabalhadores de empresas formais e informais tinham algum parentesco com o empregador (IBGE, 2003). Não existem programas específicos, no SUS ou no MTE, dirigidos para a saúde do trabalhador informal, mas há um grande potencial de integração de ações nos programas de base familiar ou domiciliar, como a Atenção Básica em Saúde (ABS). A ABS cujas equipes dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e da Estratégia de Saúde da Família (ESF) deveriam atuar na identificação e registro de todos os aspectos que podem afetar a saúde, a exemplo do trabalho informal que se desenvolve no interior dos domicílios. Ambientes de trabalho informais em residências são conhecidos por envolverem fatores de riscos, que afetam a saúde dos trabalhadores e dos demais familiares, inclusive crianças, ou pessoas vulneráveis como os idosos e enfermos. Além disso, essas equipes deveriam cumprir os protocolos já existentes de Saúde do Trabalhador (ST), como o das Diretrizes para atenção Integral à Saúde de Crianças e Adolescentes Economicamente Ativos (DAISCEA/MS) que recomenda a orientação das famílias para retirada de crianças de menos de 14 anos do trabalho, contribuindo para a melhoria do acesso a alternativas como os programas de transferência de renda como o Programa Bolsa Família. Caberia aos CEREST e a RENAST as ações de matricialização, estimulando e mobilizando as equipes da ABS, com vistas à incorporação da ST em todo o sistema de cuidado do SUS, inclusive do nível de média e alta complexidade. Entretanto essas atividades da ABS relacionadas à Saúde do Trabalhador têm sido pouco desenvolvidas. As equipes de saúde frequentemente são pouco capacitadas sobre as ações envolvidas na Saúde do Trabalhador. Ademais, a relação entre trabalho e saúde é uma dimensão pouco conhecida e valorizada como determinante da desigualdade em saúde, de que existem modos eficientes de prevenção e que cabe ao SUS prevenir os agravos e promover a saúde. Quando é desenvolvido algum treinamento/intervenção com a finalidade de modificar alguma prática, a avaliação do impacto é raramente realizada. Portanto, programas de matricialização da ST na ABS, especialmente voltadas para a capacitação, precisam ser implementados e avaliados. A atividade econômica informal desenvolvida no espaço do domicílio é um desafio para ações dos serviços de saúde, pela falta de tradição do reconhecimento de sua importância para a saúde, e portanto, de identificação de agravos relacionados ao trabalho, e também da ausência de notificação no SINAN, e do monitoramento dos casos. Este estudo pretende realizar uma intervenção educativa que consiste em um treinamento em serviço para capacitar os ACS em saúde e segurança no trabalho domiciliar para desenvolver as ações de vigilância previstas nas Diretrizes para Atenção Integral à Saúde de Crianças e Adolescentes Economicamente Ativos (DAISCEA).. Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (2) / Doutorado: (2) . Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / Jorge Iriart - Integrante / MARIA JULIANA MOURA CORREA - Integrante / Milena Maria Cordeiro de Almeida - Integrante / Eduardo Marinho Barbosa - Integrante / Margareth Costa Heliotério - Integrante / Felipe Campos - Integrante / POMPEU, RAQUEL - Integrante / Gisella Cristina de Oliveira-Silva - Integrante / Rodrigo Felix Soares - Integrante. Número de produções C, T & A: 12
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    7. 2010-2018. Youth development and resilience study
      Descrição: While the recent global attention on maternal-infant health and early childhood development is indeed very important, it makes little sense to ensure that a child lives to their 5th birthday, only to fall to their death down a mine shaft or to be trafficked into the sex trade. Yet this is the fate of countless child labourers around the world. The healthy youth development and resilience study aims to lay the groundwork for developing a child labour and health equity toolkit to assist community based primary health care workers in low-resource settings in providing education and care for child labourers 5 to 17 years of age, as well as mobilizing larger collective action and social change, with the aim of promoting improved health and safety from pre-school to adulthood, and ultimately, reduced health inequities. The toolkit constitutes a paradigm shift in how we address health inequities in low and middle-income countries by tackling the determinants of health as the starting point (rather than using a disease-based biomedical approach), focusing on child labour as the entry point to break the cycle of health and social inequities (since it is a major mechanism for the intergenerational transfer of health inequities), using primary health care (which in itself is an important form of social protection) as the vehicle for providing tailored education and support to vulnerable children and families as well as being the driving force in mobilizing larger social change, adopting a participatory approach to developing the intervention (involving children, health workers and local stakeholders), ensuring the intervention is culturally sensitive and easy-to-use (by piloting across different contexts in Bangladesh, Brazil, Niger and Pakistan), and using an evidence-based approach to determine the impact on health and social outcomes (through rigorous intervention and evaluation research).. Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (1) Doutorado: (1) . Integrantes: Vilma Sousa Santana - Coordenador / Jorge Iriart - Integrante / Margarete Santos - Integrante / Anne Anderman - Integrante / Eduardo Marinho - Integrante / Gisella Cristina de Oliveira-Silva - Integrante. Financiador(es): McGill University - Auxílio financeiro. Número de produções C, T & A: 3
      Membro: Vilma Sousa Santana.

Prêmios e títulos

  • Total de prêmios e títulos (2)
    1. Membro Titular da Academia de Medicina da Bahia, Academia de Medicina da Bahia.. 2021.
      Membro: Vilma Sousa Santana.
    2. Membro Titular da Academia de Ciências da Bahia, Academia de Ciências da Bahia.. 2021.
      Membro: Vilma Sousa Santana.

Participação em eventos

  • Total de participação em eventos (32)
    1. 26th International Epidemiology in Occupational Health.MESOTHELIOMA AND CANCER OF THE PLEURA DEATHS ? RECOVERING MISSING CASES FROM HOSPITAL RECORDS. 2017. (Outra).
    2. 26th International Epidemiology in Occupational Health.MESOTHELIOMA AND CANCER OF THE PLEURA DEATHS ? RECOVERING MISSING CASES FROM HOSPITAL RECORDS. 2017. (Outra).
    3. 16º Congresso Nacional ANAMT. O cuidado da saúde do trabalhador nas atividades rurais e agroindustriais. 2016. (Congresso).
    4. Epidemiology in Occupational Health Conference, EPICOH2016. Forecasting of mesothelioma mortality 1980-2020. 2016. (Congresso).
    5. Epidemiology in Occupational Health Conference, EPICOH2016. Perspective on Hazardous Child Labour. 2016. (Congresso).
    6. Promoting Health Equity and Transnational Partnerships In Cancer Prevention and Control in the Americas Strategic Planning Summit. The Impact of occupation and asbestos on the health of workers in Brazil.. 2016. (Congresso).
    7. 2015 Besrour Global Health Conference. Family Medicine at the Heart of Health Systems: Reaching for Evidence. 2015. (Congresso).
    8. Sistemas de Seguro Contra Acidentes de Trabalho no Brasil e na Itália: Custeio, Benefícios e relação com o E-Social.Custos dos acidentes de trabalho no Brasil - o papel do NTEP. 2015. (Seminário).
    9. 14a Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças.Desafios para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde do trabalhador. 2014. (Outra).
    10. Approaches to the Universal Health Coverage and Occupational Health and Safety for the Informal Workforce in Developing. BUILDING THE NATIONAL OCCUPATIONAL HEALTH SERVICES NETWORK ? AN EXPERIENCE OF UNIVERSAL HEALTH CARE PROVISION IN BRAZIL. 2014. (Congresso).
    11. Forum Baiano de combate ao uso de agrotóxicos.Mortalidade por intoxicações ocupacionais por agrotóxicos no Brasil. 2014. (Outra).
    12. II CONGRESO INTERNACIONAL TERRITORIOS SALUDABLES QUE DEFIENDEN LO PÚBLICO, NO SEGREGAN, NI DEPREDAN. Vigilancia en salud labotal con énfases en poblacion laboral informal. 2014. (Congresso).
    13. IV Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador. Produção de informação em saúde do trabalhador a partir dos diversos sistemas de informação em saúde e de outros setores. 2014. (Congresso).
    14. IX Congresso Brasileiro de Epidemiologia. A qualidade dos estudos epidemiológicos em saúde do trabalhador no Brasil. 2014. (Congresso).
    15. XX World Congress on Safety and health at work. Health issues at the workplace. 2014. (Congresso).
    16. 13a Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças.Desafios da vigilância epidemiológica em saúde do trabalhador - da visão securitária à de seguridade. 2013. (Outra).
    17. Congresso nacional da associação nacional de médicos do trabalho. Avanços da epidemiologia em saúde do trabalhador no Brasil - a formação de pessoas. 2013. (Congresso).
    18. Encontro dos SIASS.O SIASS - Aportes para o desenvolvimento da vigiância em saúde do servidor. 2013. (Encontro).
    19. Encontro nacional sobre atenção à saúde do servidor.Como anda a saúde dos servidores?. 2013. (Encontro).
    20. Indian Institute of Public Health. The work injuries project. 2013. (Congresso).
    21. National workshop on Occupational Health of Women Workers in the Informal Economy. INTEGRATING OCCUPATIONAL HEALTH INTO PRIMARY HEALTH CARE SERVICES IN BRAZIL. 2013. (Congresso).
    22. Seminário da Indústria dos Alimentos.A saúde do trabalhador na indústria de alimentos e bebidas no Brasil - um foco na indústria de abate. 2013. (Seminário).
    23. Seminário Forum dos acidentes de trabalho.O PISAT e a informação em Saúde do trabalhador. 2013. (Seminário).
    24. Simpósio do Forum Acidentes de Trabalho.Acidentes de trabalho entre trabalhadores jovens. 2013. (Simpósio).
    25. Simpósio sobre a promoção da saúde dos trabalhadores da pesca.Saúde dos trabalhadores da pesca. 2013. (Simpósio).
    26. 30º Encontro Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.00.Sistemas de informação em Saúde e a saúde do trabalhador. 2012. (Encontro).
    27. Encontro Estadual da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador RENAST.Vigilância em saúde do trabalhador: desafios e perspectiva. 2012. (Encontro).
    28. International Association for Dental Research IADR. Environmental determinants and common risk factors along the life course as contributors to the general disease burden. 2012. (Congresso).
    29. Simpósio Saúde e segurança no trabalho.Impacto e custos da saúde na indústria no Brasil. 2012. (Simpósio).
    30. WIEGO OHS Expert Group Meeting.Occupational health and safety initiative - the case study of Brazil. 2012. (Encontro).
    31. Canadian Public Health Association Annual Confererence. Incidence of severe work-related injuries among young adult workers in Brazil. 2011. (Congresso).
    32. ICOH International Conference on Small and Medium Scale Establisments. GATHERING OCCUPATIONAL HEALTH DATA FROM INFORMAL WORKERS - THE BRAZILIAN EXPERIENCE. 2011. (Congresso).

Organização de eventos

  • Total de organização de eventos (6)
    1. SANTANA, V. S.; Dias EC ; Machado JH. II Simpósio Saúde do Trabalhador na Atenção Básica de Saúde. 2012. Congresso
    2. SANTANA, V. S.. III Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador. 2005. (Outro).. . 0.
    3. SANTANA, V. S.. 17th International Symposium on Epidemiology in Occupational Health. 2004. (Congresso).. . 0.
    4. SANTANA, V. S.. XXVII Congresso Mundial em Saúde Ocupacional da ICOH. 2003. (Congresso).. . 0.
    5. SANTANA, V. S.. Oficina de Trabalho sobre o Trabalho no Setor Informal da Economia e a saúde e segurança dos trabalhadores. 2002. (Congresso).. . 0.
    6. SANTANA, V. S.. VI Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva da ABRASCO. 2000. (Congresso).. . 0.

Lista de colaborações



(*) Relatório criado com produções desde 2010 até 2021
Data de processamento: 06/11/2021 15:22:10