UFABC-professores

Cristiane Negreiros Abbud Ayoub

Bacharel (1997), mestre (2000) e doutora (2007) em Filosofia pela Universidade de São Paulo, pós-doutoranda na UFRGS. Cristiane é professora da Universidade Federal do ABC. Suas atividades de docência e pesquisa concentram-se nas áreas de História da Filosofia Tardo-Antiga e História da Filosofia Medieval, com especialização na filosofia de Agostinho de Hipona. Cristiane participa do Núcleo de Estudos de Gênero Esperança Garcia (UFABC), atuando como uma das líderes do Grupo Estudos e Pesquisa em Gênero e Feminismos (CNPQ) e como pesquisadora no CEPAME (Centro de Estudos de Filosofia Patrística e Medieval de São Paulo - CNPQ).Na área editorial, ela compõe a equipe de coordenação da coordenadoras da Coleção "Filosofia Medieval" da editora Paulus, iniciada em 2013. Atualmente, sua pesquisa concentra-se principalmente em dois temas: (1) estudo crítico da "pudicitia" (honra) feminina na Roma Antiga e Tardo-Antiga; (2) a mulher na obra de Agostinho de Hipona. (Texto informado pelo autor)

  • http://lattes.cnpq.br/4982038970033288 (07/12/2023)
  • Rótulo/Grupo: CCNH
  • Bolsa CNPq:
  • Período de análise: 2011-HOJE
  • Endereço: Universidade Federal do ABC, Centro de Ciências Naturais e Humanas. Rua Arcturus, 03, sala D213 Jd Antares 09606070 - São Bernardo do Campo, SP - Brasil Telefone: (11) 49967960
  • Grande área: Ciências Humanas
  • Área: Filosofia
  • Citações: Google Acadêmico

Produção bibliográfica

Produção técnica

Produção artística

Orientações em andamento

Supervisões e orientações concluídas

Projetos de pesquisa

Prêmios e títulos

Participação em eventos

Organização de eventos

Lista de colaborações


Produção bibliográfica

Produção técnica

Produção artística

Orientações em andamento

Supervisões e orientações concluídas

Projetos de pesquisa

  • Total de projetos de pesquisa (2)
    1. 2023-Atual. A pudicicia como "virtude" opressora das mulheres na Roma Antiga
      Descrição: Estuda-se a defesa de Agostinho de Hipona à preservação da virtude e da vida de mulheres estupradas. Caberá desenvolver uma pesquisa detalhada sobre o alvo da crítica agostiniana, a saber, a tradição romana que concebia a pudicícia como a principal virtude das mulheres. Em síntese, Agostinho denunciou a perversidade dessa ?virtude? romana no contexto do estupro de mulheres. Segundo a tradição romana (estabelecida por leis, formas jurídicas, narrativas exemplares e filosóficas), o estupro de uma mulher aniquilava sua pudicícia, e essa virtude representava o alicerce de todas as demais virtudes, assim, sem pudicícia, a vida de uma mulher tornava-se indesejável tanto para ela como para a sociedade romana. Naquele contexto, a única via de preservação da virtude de uma mulher estuprada era sua morte pelo suicídio ou por sua morte. No Livro I de "A cidade de Deus", Agostinho analisa, em diversos aspectos, a violência e injustiça da tradição romana da centralidade da pudicícia e de sua vulnerabilidade ao estupro. O texto de Agostinho é complexo no sentido de requerer estudo de diversos componentes: elementos de retórica (exemplum, declamativo, consolatio), o contexto histórico em que o texto é escrito, conhecimento da legislação sobre estupro vigente na época de Agostinho, a opressão social da vergonha (pudor) imposta às vítimas de estupro, os testes de virgindade aos quais elas eram submetidas, o estupro como um dos costumes de guerra, a crítica à ética das virtudes romanas (fundamentadas na glória e na fama), crítica à ética estoica, soluções apresentadas pela ética agostiniana, etc. Por isso, para compreender a densidade e o impacto do posicionamento de Agostinho, será preciso recorrer a diversos tipos de fontes que estabelecem uma certa ?tradição romana? concernente à pudicícia das mulheres. Para tanto, a pesquisa inicialmente concentra-se em autores e legislações que enaltecem nominalmente a pudicícia feminina (entre os séculos II AEC e II EC). O segundo passo da pesquisa volta-se ao estudo de três autores posteriores e emblemáticos no estudo da pudicícia da Antiguidade Tardia, e que articulam elementos da tradição romana em o contexto cristão: Tertuliano, Ambrósio e Jerônimo. Finalmente, será possível compreender o teor e o alcance das críticas de Agostinho à pudicícia, bem como aquilo que ele propõe como solução para a moral da pudicícia.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Mestrado acadêmico: (2) Doutorado: (1) . Integrantes: Cristiane Negreiros Abbud Ayoub - Coordenador / Alfredo Storck - Integrante / Robert Colasso - Integrante / Daniel Ferraresi Araújo Silva - Integrante / Wallace Tavares de Sá - Integrante. Número de produções C, T & A: 1 / Número de orientações: 2
      Membro: Cristiane Negreiros Abbud Ayoub.
    2. 2013-Atual. Agostinho leitor das categorias aristotelicas
      Descrição: Tradicionalmente Agostinho é estudado como herdeiro de Platão e do neoplatonismo de Plotino e de Porfírio, o que evidentemente está correto. Há também estudos sobre as influências do estoicismo e do ceticismo em diversas obras do autor, e isso é igualmente irrefutável. No entanto, quase não se encontram pesquisas que investiguem se e como Agostinho teria lido Aristóteles. Por um lado, a defesa de que Aristóteles mal aparece citado em Agostinho ampara-se em textos; contudo, estes são ocasião para menção ao estagirita e algumas teorias a ele atribuídas. Neste segundo sentido, Agostinho afirma ter lido as Categorias, embora não da mesma maneira em épocas marcadas por distintas influências filosóficas: a interpretação de Agostinho varia nas Confissões¸ no Sobre a Trindade e no Contra Juliano. Na presente pesquisa, concentramo-nos na investigação do Sobre a Trindade porque parece ser a mais clara, detalhada e extensa das três interpretações. Agostinho irá se apropriar das categorias aristotélicas na chave de uma "ousiologia", ou seja, pensando a estreita relação entre linguagem e ontologia e a limitação da linguagem para significar a substância propriamente dita, Deus ou o Ser. O filósofo desenvolve uma análise do discurso categorial ponderando sua adequação/inadequação para designar as coisas exteriores, o próprio pensamento (também entendido como linguagem) e o Ser transcendente, que é uno e trino. Enfim, com essa pesquisa almejamos demonstrar, poranálises de textos do Sobre a Trindade, que Agostinho merece lugar entre os intérpretes das Categorias de Aristóteles, embora seja notório que ele utilize as categorias de modo inteiramente comprometido com um projeto filosófico distinto do aristotélico.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (3) . Integrantes: Cristiane Negreiros Abbud Ayoub - Coordenador / Robert Colasso - Integrante / Ingrid Correia - Integrante / Renato Rodrigues dos Santos - Integrante. Número de produções C, T & A: 2
      Membro: Cristiane Negreiros Abbud Ayoub.

Prêmios e títulos

  • Total de prêmios e títulos (0)

    Participação em eventos

    • Total de participação em eventos (27)
      1. III Congresso da Sociedade Brasileira para o Estudo da Filosofia Medieval. A "pudicitia" na Roma Antiga e em Agostinho de Hipona. 2023. (Congresso).
      2. XIX Encontro Nacional de Filosofia da ANPOF.A pudicícia como "virtude" opressora das mulheres na Roma Antiga e seus desdobramentos nas narrativas dos colonizadores do Brazil. 2022. (Encontro).
      3. II Congresso da Sociedade Brasileira pelo Estudo da Filosofia Medieval. Considerações de Agostinho sobre o estupro feminino. 2021. (Congresso).
      4. XIII Colóquio de História da Filosofia Medieval. A noção de pudor feminino e suas implicações. 2021. (Congresso).
      5. Ciclo de Conferências "Studium philosophiae medii aevi". 2020. (Outra).
      6. Conferência de Robert Pasnau, "Eudaimonism in Later Medieval Philosophy". 2020. (Outra).
      7. III Simpósio Nacional de Estudos Agostinianos.Agostinho de Hipona e o amor (caritas). 2019. (Simpósio).
      8. Un échange entre Augustin et Nebridius sur la phantasia (Lettre 6-7). 2018. (Seminário).
      9. XII Colóquio de História da Filosofia Medieval.A memória do esquecimento segundo Agostinho de Hipona. 2018. (Seminário).
      10. XII Colóquio de História da Filosofia Medieval.A memória do esquecimento segundo Agostinho de Hipona. 2018. (Outra).
      11. IV Simpósio de Filosofia Patrística e Medieval.Agostinho e a Trindade. 2017. (Simpósio).
      12. Simpósio sobre as Confissões de Agostinho.Agostinho: crer e confessar. 2017. (Simpósio).
      13. VII Ciclo de Conferências sobre Santo Agostinho.Interpretação das "Confissões" pela análise das citações bíblicas. 2017. (Outra).
      14. XIV Congresso Internacional da Société Internationale pour l?Étude de la Philosophie Médiévale / SIEPM. Observações sobre o sentido de "confessio" nas Confissões de Agostinho. 2017. (Congresso).
      15. XIV Congresso Internacional da Société Internationale pour l'Étude de la Philosophie Médievale / SIEPM. Observações sobre o sentido de 'confessio' nas 'Confissões' de Agostinho. 2017. (Congresso).
      16. Semana da Ética Pública. 2016. (Seminário).
      17. XVII Encontro nacional da ANPOF. Por que os acadêmicos são infelizes? Uma leitura d "Contra os Acadêmicos" de Agostinho. 2016. (Congresso).
      18. XI Colóquio de História da Filosofia Medieval:. O desejo de felicidade segundo Agostinho. 2015. (Congresso).
      19. V Encontro do Grupo de Estudos sobre Agostinho. Palestra: O episódio do furto das peras no livro segundo das "Confissões de Agostinho - Rafael A.S.S.B. Rodrigues. 2014. (Outra).
      20. XIV Encontro Nacional da ANPOF.Sobre o sentido de "confessio" nas "Confissões" de Agostinho. 2014. (Encontro).
      21. Minicurso CEPAME 2013. 2013. (Outra).
      22. XVII Congresso Interamericano de Filosofia. Agostinho e a dialética em "Contra Crescônio". 2013. (Congresso).
      23. XVII Congresso Interamericano de Filosofia. 2013. (Congresso).
      24. A corrupção e os possíveis modos de combatê-la. 2012. (Encontro).
      25. X Colóquio de Filosofia Medieval; "Linguagem e Verdade na Filosofia Medieval". Agostinho leitor das categorias de Aristóteles. 2012. (Congresso).
      26. XI Colóquio de Epistemologia da USJT: Simpósio Internacional Pensamento Político Europeu 1250-1350.Moderadora do trabalho. 2012. (Simpósio).
      27. IX Colóquio de História da Filosofia Medieval.O conceito de matéria informe em Agostinho. 2011. (Encontro).

    Organização de eventos

    • Total de organização de eventos (18)
      1. AYOUB, C. N. A.; COLASSO, R.. A vontade na filosofia de santo Agostinho. 2021. Outro
      2. SCHMIDT, A. R. ; AYOUB, C. N. A.. XIII Colóquio de História da Filosofia Medieval. 2021. Congresso
      3. SANTOPRETE, L. G. S. ; AYOUB, C. N. A.. Conferência da Prof.ª Dr.ª Luciana Gariela Soares Santropete (CNRS, LEM-PSL) no CEPAME. 2021. Outro
      4. SCHMIDT, A. R. ; AYOUB, C. N. A.. Conferência da Prof.ª Dr.ª Ana Rieger Schmidt no CEPAME: "Christine de Pizan: contexto intelectual e aporte filosófico de sua obra". 2021. Outro
      5. LIMA, M. E. B. ; AYOUB, C. N. A.. Palestra de Marcus Bisseti: "A noção de verbum no De Dialectica de Agostinho". 2018. Outro
      6. CUNHA, M. S. ; AYOUB, C. N. A.. Palestra de ariana S. da Cunha: "Por que a filosofia de Agostinho é estudada atualmente?". 2018. Outro
      7. AYOUB, C. N. A.; SANTOS, R. R. dos ; LIMA, M. E. B.. I Colóquo de Filosofia Medieval da UFABC. 2018. Outro
      8. AYOUB, C. N. A.. Palestra da Prof.a Dr.a Melanie Webb (Harvard University) debatida pelo Prof. Dr. Moacyr Novaes (USP): Estupro e sua consequência na Cidade de Deus de Agostinho. 2017. (Outro).. . 0.
      9. AYOUB, C. N. A.; COLASSO, R. ; SANTOS, R. R. dos. As "Confissões" de Agostinho, uma proposta de leitura. 2016. Outro
      10. AYOUB, C. N. A.; BRESSIANI, N. A. ; LOPES, V. C.. Semana de Ética Pública. 2016. Outro
      11. AYOUB, C. N. A.; OLIVEIRA, C. E.. XI Colóquio de História da Filosofia Medieval "Filosofia Prática na Idade Média". 2015. Congresso
      12. RODRIGUES, R. A. S. B. ; AYOUB, C. N. A.. V Encontro do Grupo de Estudos sobre Agostinho: o episódio do furto das peras no livro II das "Confissões". 2014. Outro
      13. AYOUB, C. N. A.. Filosofia e Cinema: uma discussão sobre o filme "Agostinho" de Roberto Rosselini. 2014. (Outro).. . 0.
      14. AYOUB, C. N. A.. V Encontro do Grupo de Estudos sobre Agostinho. 2014. (Outro).. . 0.
      15. AYOUB, C. N. A.; ESTEVAO, J. C. ; OLIVEIRA, C. E. ; NOVAES, M.. Minicurso CEPAME 2013: Ambrósio de Milão (Allan D. Fitzgerald). 2013. Outro
      16. AYOUB, C. N. A.; NOVAES, M. ; ESTEVAO, J. C. ; OLIVEIRA, C. E.. Verdade (Calvin Normore). 2013. Outro
      17. AYOUB, C. N. A.; ESTEVAO, J. C.. I Seminário do CEPAME na UFABC. 2012. Outro
      18. AYOUB, C. N. A.; OLIVEIRA, C. E. ; NOVAES, M. ; ESTEVAO, J. C.. Colóquio CEPAME 2012. 2012. Congresso

    Lista de colaborações

    • Colaborações endôgenas (0)



      Data de processamento: 23/12/2023 13:24:06