1. | 2024-Atual. Utopia e Crítica: Subjetividades, Democracia e Transformação Social Descrição: O grupo, associado à linha de pesquisa de ética e filosofia política, tem como objetivo a investigação das formações subjetivas no interior de horizontes democráticos, considerando a dinâmica dessas instituições e as tendências de transformação social. Consideramos aqui, portanto, a chave da utopia como a possibilidade de novas formas sociais advindas das expectativas democráticas que possibilitam, em medidas variadas, as condições para o enfrentamento das crises sociais e as possibilidades de suas transformações. Reafirmamos aqui a orientação da Teoria Crítica, em especial com a obra de Herbert Marcuse, cuja crítica da ideologia envolve as tendências para uma emancipação social. Além disso, recuperamos a chave subjetiva como importante elemento da análise e investigaremos, com base na psicanálise, as formações culturais que promovem os sentidos contemporâneos da vida democrática. Acreditamos que esses elementos devem estar articulados a um território evitando assim uma ideia abstrata de utopia. Por isso, abordaremos no eixo utopia e periferia os aspectos territoriais, aproveitando o tema também para aproximarmos a Teoria Crítica às Teorias Decoloniais. Por fim, empregaremos o esforço para pensarmos a educação como eixo privilegiado das criações utópicas: trata-se de um campo importante para investigarmos práticas de transformação social tendo em vista as subjetividades envolvidas no processo.Link_ https://utopiacritica.pesquisa.ufabc.edu.br/. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (3) / Mestrado acadêmico: (5) / Doutorado: (9) . Integrantes: Silvio Ricardo Gomes Carneiro - Coordenador / Gabriel Ramponi - Integrante / Roger Augusto Barbosa Montemor - Integrante / Andrea Santos Baca - Integrante / Michael Franz Schmidlehner - Integrante / Renan Rodrigues Gomes - Integrante / Mathias Galli Tatsch - Integrante / Bruno Fabricio Alcebino da Silva - Integrante / Alexis Daniel Rosim Millán - Integrante / Juliana Viana Ford - Integrante / Fabiana Carolina Dias - Integrante / Bruno Corrêa Bortoletto - Integrante / Virgínia Alves - Integrante / Bárbara Jocovix - Integrante / Vitor Mateus dos Reis Martins Duarte - Integrante / Fernanda Andrade Garcia - Integrante / Francisco José Santaella Galvão - Integrante / Nathalia Nascimento Barroso - Integrante. Membro: Silvio Ricardo Gomes Carneiro. |
1. | 2023-Atual. História da Filosofia: Visões e Revisões Descrição: Este projeto situa-se no campo ao qual se atribuiu a tarefa de circunscrever os sentidos possíveis de ?filosofia?. Num passado não muito remoto, seria admitido como filosofia somente aquilo que exibisse algum nexo com a chamada história da filosofia ? uma longa e inconclusa série de diálogos reais e/ou virtuais materializada em textos das mais variadas modalidades. Atualmente, nada parece sustentar tamanha expectativa legitimadora conferida à história da filosofia. A emergência das filosofias feministas, africanas, ameríndias e latino-americanas, para dar apenas alguns exemplos, provocaram uma profunda revisão do valor histórico e filosófico daquilo que tradicionalmente foi posto à margem da história da filosofia canônica (eurocêntrica). Neste projeto, pretende-se acolher as diversas perspectivas sobre o lugar da história da filosofia, sejam legitimadoras sejam revisionistas. O que se sustenta é que, independentemente da perspectiva adotada, não se justifica qualquer contraposição entre o ensinar filosofia e a história da filosofia, a não ser que se conceba a história da filosofia como uma erudição vazia, um conhecimento enciclopédico estranho à vida dos estudantes. O objetivo desta pesquisa é, assim, explorar as correlações recíprocas entre a história da filosofia e o ensinar a filosofar, entre o texto filosófico e o seu leitor, tendo em vista um tipo de abordagem da história da filosofia e do texto filosófico que atenda justamente ao propósito de levar ao filosofar e à produção do pensamento autônomo. Serão objeto das pesquisas reunidas sob a égide deste projeto temáticas e autores dos mais diversos períodos da história da filosofia, canônicos ou não, na expectativa de que suas experiências filosóficas particulares se tornem pontos de vista privilegiados para melhor compreender a natureza da filosofia e do seu ensino. Tais temáticas e autores ? os novos e os antigos clássicos ? podem ocorrer aqui seja como referencial teórico das práticas de intervenção em sala de aula seja como conteúdo propriamente dessas práticas por intermédio da apropriação didática dos seus textos.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: / Mestrado profissional: (2) . Integrantes: João Paulo Simões Vilas Bôas - Coordenador. Número de produções C, T & A: 2 / Número de orientações: 2 Membro: João Paulo Simões Vilas Bôas. Descrição: Este projeto situa-se no campo ao qual se atribuiu a tarefa de circunscrever os sentidos possíveis de ?filosofia?. Num passado não muito remoto, seria admitido como filosofia somente aquilo que exibisse algum nexo com a chamada história da filosofia ? uma longa e inconclusa série de diálogos reais e/ou virtuais materializada em textos das mais variadas modalidades. Atualmente, nada parece sustentar tamanha expectativa legitimadora conferida à história da filosofia. A emergência das filosofias feministas, africanas, ameríndias e latino-americanas, para dar apenas alguns exemplos, provocaram uma profunda revisão do valor histórico e filosófico daquilo que tradicionalmente foi posto à margem da história da filosofia canônica (eurocêntrica). Neste projeto, pretende-se acolher as diversas perspectivas sobre o lugar da história da filosofia, sejam legitimadoras sejam revisionistas. O que se sustenta é que, independentemente da perspectiva adotada, não se justifica qualquer contraposição entre o ensinar filosofia e a história da filosofia, a não ser que se conceba a história da filosofia como uma erudição vazia, um conhecimento enciclopédico estranho à vida dos estudantes. O objetivo desta pesquisa é, assim, explorar as correlações recíprocas entre a história da filosofia e o ensinar a filosofar, entre o texto filosófico e o seu leitor, tendo em vista um tipo de abordagem da história da filosofia e do texto filosófico que atenda justamente ao propósito de levar ao filosofar e à produção do pensamento autônomo. Serão objeto das pesquisas reunidas sob a égide deste projeto temáticas e autores dos mais diversos períodos da história da filosofia, canônicos ou não, na expectativa de que suas experiências filosóficas particulares se tornem pontos de vista privilegiados para melhor compreender a natureza da filosofia e do seu ensino. Tais temáticas e autores ? os novos e os antigos clássicos ? podem ocorrer aqui seja como referencial teórico das práticas de intervenção em sala de aula seja como conteúdo propriamente dessas práticas por intermédio da apropriação didática dos seus textos.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Integrantes: André Luis La Salvia - Coordenador. Membro: André Luis La Salvia. |
2. | 2023-Atual. Núcleo de Estudos Violência, Democracia e Direitos Humanos Descrição: O presente projeto visa a instituição de um Núcleo de Estudos Violência, Democracia e Direitos Humanos, como um espaço plural cujo objetivo é promover o diálogo a partir de diferentes orientações disciplinares. O que mobiliza a heterogeneidade de olhares e, consequentemente, de temas, é uma perspectiva compartilhada de pensar e abordar a realidade social a partir da perspectiva dos atores, com uma preocupação centrada nas lutas pelo reconhecimento, no dever de memória e das lutas pela igualdade. As lutas por reconhecimento, historicamente, geraram a institucionalização de certas práticas sociais que mostram a passagem de um estágio moral para um mais avançado, ou seja, um aumento da sensibilidade moral como sugere Honneth (2003;2010). A luta dos grupos sociais para alcançar formas cada vez mais amplas de reconhecimento social torna-se, mutatis mutandis, uma força estruturante no desenvolvimento moral da sociedade. Esse tem sido o significado humanista do movimento e da teoria dos Direitos Humanos. Os campos temáticos incluídos nessa proposta 1) de investigação e 2) de instituição de um Núcleo de Estudos, referem-se à defesa dos direitos ligados às questões da cidadania e dos direitos humanos, da participação juvenil, das questões socioambientais, bem como da realidade das populações nativas/tradicionais do Estado do Tocantins. A metodologia utilizada e os formatos de apresentação incorporam sistematicamente 1) revisão de literatura e análise de conjuntura e 2) a dimensão critica dos fenômenos sociais. Pretende-se, como isso, fomentar o desenvolvimento de programas e materiais educativos que contribuam para a formação em direitos humanos, a cidadania e o combate à violência em suas mais variadas modalidades de apresentação. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (1) . Integrantes: João Paulo Simões Vilas Bôas - Integrante / Fábio Caires Correia - Coordenador. Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro. Membro: João Paulo Simões Vilas Bôas. |
3. | 2023-Atual. Objeções e respostas: análise dos debates em torno das hipóteses mecanicistas de Descartes Descrição: Este projeto visa dar continuidade ao trabalho de pesquisa que desenvolvi durante os últimos dez anos. A primeira etapa dessa pesquisa consistiu na tradução do ensaio Os meteoros, publicada em Discurso do método ensaios (2018), que é a primeira tradução completa para a língua portuguesa da obra publicada por Descartes em 1637. O longo trabalho de tradução e redação de notas explicativas, realizado em parceria com Érico Andrade (UFPE), motivou o aprofundamento de meus estudos sobre a filosofia natural cartesiana, tema que tenho investigado com mais afinco desde então. A segunda etapa desse processo de pesquisa compreendeu a leitura e análise de uma parte da correspondência cartesiana, tendo em vista a necessidade de compreender a recepção dos ensaios de Descartes particularmente A dióptrica e Os meteoros. Nesse contexto se destacam as críticas de seus contemporâneos às explicações e hipóteses contidas nesses dois ensaios, que estão voltados para questões relativas à técnica e à filosofia natural. A terceira etapa teve início a partir do convite feito por César Augusto Battisti (UNIOESTE), para integrar a equipe responsável pela tradução da correspondência de Descartes. Trata-se de um projeto de longo prazo, cuja realização disponibilizará em língua portuguesa todas as 735 cartas que compõem o epistolário cartesiano. Projeto ambicioso e inédito, que demanda a articulação de uma equipe composta por 25 pesquisadores. Esse projeto, intitulado Tradução da Correspondência de René Descartes, foi submetido ao Edital Universal 2021 do CNPq (CNPq/MCTI/FNDCT N 18/2021), logrando sucesso na sua aprovação. Desse modo, a minha presente proposta de pesquisa está alinhada com esse projeto maior.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Doutorado: (2) . Integrantes: Paulo Tadeu da Silva - Coordenador. Número de produções C, T & A: 2 / Número de orientações: 2 Membro: Paulo Tadeu da Silva. |
4. | 2023-Atual. Observatório de políticas educacionais: Planejamento regional e governança democrática para a qualidade de educação no Grande ABC Descrição: Projeto FAPESP desenvolvido em parceria com as prefeituras da região do ABC.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Integrantes: Silvio Ricardo Gomes Carneiro - Integrante / Salomão Ximenes - Coordenador / Sérgio Stoco - Integrante / Ana Lucia Sanches - Integrante / Roberta Peres - Integrante. Membro: Silvio Ricardo Gomes Carneiro. |
5. | 2023-Atual. Práticas dialógicas para o ensino da filosofia (PROF-FILO) Descrição: As práticas dialógicas de ensino pressupõem o encontro de sujeitos que interagem na construção do conhecimento, implicando, portanto, uma relação horizontal e simétrica de criação e troca, que corrobora a elaboração de um pensamento não dogmático e valoriza a diferença e a alteridade. Desse modo, as práticas dialógicas promovem a autonomia do pensamento e da ação dos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, permitindo a aquisição e a transformação do conhecimento em resposta ao contexto sociocultural desses sujeitos. Entende-se que o ensino de filosofia encontra nessas práticas um meio e um espaço promissor, pois é da natureza da filosofia a dialogicidade, como se pode observar, por exemplo, no modo de filosofar de Sócrates, na hermenêutica filosófica de Gadamer e na reflexão e práxis educativa de Paulo Freire. Portanto, desde ao menos Sócrates, aspráticas dialógicas adquiriram o caráter de um método privilegiado de ensinar e aprender o pensamento crítico. Este projeto agrupa pesquisas que visam desenvolver nos estudantes a capacidade de examinar os pressupostos, princípios, raciocínios e evidências, além de considerar as implicações e as consequências e formular e criticar alternativas a quaisquer pontos de vista. Nesse sentido, o projeto objetiva investigar, analisar e produzir as condições de possibilidade do ensino da filosofia por meio do diálogo entre estudantes e professores, observando as situações favoráveis ao diálogo, as regras que devem ser estabelecidas e respeitadas no debate, os critérios do modo dialógico de pensar, as argumentações etc., com o objetivo de desenvolver tanto referenciais metodológicos quanto recursosdidáticos voltados à aplicação de práticas dialógicas no ensino de filosofia na educação básica.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Integrantes: Patrícia Del Nero Velasco - Integrante / CELSO DE MORAES PINHEIRO - Integrante / Alexandre Jordão Baptista - Coordenador / Karen Franklin da Silva - Integrante / Christian Lindberg Lopes Nascimento - Integrante / Maria Reilta Dantas Cirino - Integrante / ANTONIO GOMES DA SILVA - Integrante / ANTONIO VIDAL NUNES - Integrante / MARCOS ALEXANDRE BORGES - Integrante / LEONARDO SARTORI PORTO - Integrante. Membro: Patrícia Del Nero Velasco. |
1. | 2022-Atual. O pensamento maquínico de Deleuze e Guattari Descrição: Os filósofos Gilles Deleuze e Felix Guattari buscaram novas formas de expressão filosófica no século XX e, dentro desta perspectiva, renovaram temas de interesse da área da teoria do conhecimento. Noções como imagem do pensamento, virtual, caos, diferença, criação conceitual, máquinas desejantes... entre outros são propostas e confrontadas com a tradição filosófica. Nesse projeto de pesquisa, pretendemos problematizar a construção dessas noções bem como estudar seus desdobramentos atuais.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Integrantes: André Luis La Salvia - Coordenador / Juan Alexander Salazar Silva - Integrante / LUCAS PAVANI GOULART - Integrante / Vinicius Defillo Pintor - Integrante / Ana Luísa Coutinho Fialho - Integrante / Lis Macedo de Barros - Integrante. Membro: André Luis La Salvia. |
1. | 2021-Atual. A consolidação do Ensino de Filosofia como campo de conhecimento: aspectos epistemológicos e político-institucionais Descrição: Dando prosseguimento à pesquisa de estágio de pós-doutorado realizada entre 2019 e 2020, na qual foi realizado o mapeamento do estado da arte do Ensino de Filosofia no Brasil (cf. Filosofar e Ensinar a Filosofar: registros do GT da ANPOF 2006-2018, Edições NEFI, 2020) e a discussão sobre formação docente em Filosofia (cf. O que pensamos nós, formadores/as de professores/as, sobre formação docente em Filosofia?, Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, 2020), a presente investigação tem como objetivo refletir sobre o estatuto epistemológico do Ensino de Filosofia enquanto campo de conhecimento, assim como analisar os aspectos políticos envolvidos no processo de institucionalização desta subárea filosófica de conhecimento.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (0) / Especialização: (0) / Mestrado acadêmico: (1) / Mestrado profissional: (0) / Doutorado: (4) . Integrantes: Patrícia Del Nero Velasco - Coordenador / Elisete Medianeira Tomazetti - Integrante / Rodrigo Pelloso Gelamo - Integrante / Augusto Rodrigues - Integrante / Marinês Barbosa de Oliveira - Integrante / MARÍLIA GIAMMARCO POLLI - Integrante / Cleber Fernndo de Assis Xavier - Integrante / Jéssica Erd Ribas - Integrante / Darcísio Natal Muraro - Integrante / Ermínio de Sousa Nascimento - Integrante / Valéria Cristina Lopes Wilke - Integrante. Número de produções C, T & A: 23 / Número de orientações: 3 Membro: Patrícia Del Nero Velasco. |
2. | 2021-Atual. Filo_Arc Filosofias do arquivo Descrição: O grupo de estudos e pesquisas Filo_Arc - Filosofias do arquivo faz uso da noção foucaultiana de arquivo na perspectiva de acolher uma série diversa de estudos e pesquisas no campo da Filosofia e das Ciências Humanas, com destaque para a relação entre a história e o pensamento filosófico. Entendido como o limite entre a singularidade de um acontecimento discursivo, com suas condições históricas, e os dispositivos de pensamentos, com suas concretudes do presente, o Arquivo converte-se num procedimento de pesquisa que pode ser operado sobre diferentes campos do saber, isto é, sobre diferentes conjuntos de acontecimentos que nos concernem. As linhas e objetivos de pesquisa definem de modo mais específico estes campos.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Especialização: (1) / Mestrado profissional: (8) / Doutorado: (3) . Integrantes: Fabiano Ramos Torres - Integrante / CARLOS EDUARDO RIBEIRO - Coordenador / ALEXANDRE FILORDI DE CARVALHO - Integrante / Barbara da Silva Borges - Integrante / Camila Soares de Barros - Integrante. Membro: Fabiano Ramos Torres. |
3. | 2021-Atual. Tradução da Correspondência de René Descartes Descrição: René Descartes, pensador do século XVII (1596-1650), é um dos filósofos mais centrais da história da filosofia e dentre os mais estudados no Brasil e pelo mundo afora. Seu pensamento encontra-se distribuído entre seus escritos publicados na época, textos publicados postumamente ou mais recentemente e em sua correspondência. Contrariamente ao que, talvez, se poderia pensar, sua correspondência não se configura como material de segunda categoria. Evidentemente, poder-se-ia atribuir um status ou tratamento diferente às cartas de determinado autor em relação aos seus escritos de maior fôlego. Hoje, na medida em que os artigos científicos predominam, cartas caíram em desuso, mas também livros tendem a perder espaço. Ocorre, por outro lado, que poder-se-ia comparar a função e a importância da correspondência nos tempos de Descartes à função dada hoje às revistas científicas e a seus artigos, como meio eficiente e dinâmico de difundir ideias e pesquisas entre pesquisadores e sábios da época, bem como proporcionar o debate entre eles. Tampouco havia congressos ou encontros aos moldes de hoje, ou formas de comunicação mais eficientes do que cartas, de sorte que a correspondência era o principal meio de divulgação imediata e de relacionamento entre membros da intelectualidade da época.É a esta tarefa que o presente projeto se destina: pôr à disposição do leitor em língua portuguesa a volumosa correspondência realizada por Descartes com seus interlocutores. Nessa perspectiva, o projeto de pesquisa tem os seguintes objetivos: 1) traduzir a correspondência cartesiana a partir das edições AT e Bompiani; 2) publicar a tradução brasileira, seja parcialmente seja em sua totalidade; 3) disponibilizar ao público brasileiro a tradução deste importante material de pesquisa, tendo em vista os estudos sobre o pensamento cartesiano.O número de cartas, atualmente catalogadas, que compõem a correspondência de Descartes é de 735 (107 latinas, três neerlandesas e as demais, 625, escritas em francês). A edição AT (considerada padrão) dedica cinco volumes à correspondência, enquanto a edição Bompiani (publicada em italiano e no original) reuniu toda ela em um único volume. Projeta-se a tradução das cartas por etapas, dividindo-as cronologicamente.. Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: Doutorado: (1) . Integrantes: Paulo Tadeu da Silva - Integrante / César Augusto Battisti - Coordenador / Alexandre Guimarães Tadeu de Soares - Integrante. Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro. Número de produções C, T & A: 3 / Número de orientações: 1 Membro: Paulo Tadeu da Silva. |
1. | 2020-2022. História da filosofia e autonomia de pensamento Descrição: Este projeto toma como ponto de partida um debate já consagrado, que coloca em campos opostos o aprender a filosofar e a história da filosofia, e que teria entre seus principais expoentes Kant e Hegel. O que se destaca de Kant, na maioria dos trabalhos que tomam parte nesse debate, é uma proposição feita por ele em um curso do semestre e inverno de 1755-1756, segundo a qual, o entendimento é o primeiro aspecto a ser desenvolvido pelo professor de filosofia, e isso não se faz por meio do aprendizado de pensamentos, mas aprendendo ?a pensar?. Segundo o filósofo de Königsberg, o professor deveria desenvolver no seu aluno, ?em primeiro lugar, o homem de entendimento, depois, o homem de razão, e, finalmente, o homem de instrução?. Ou seja, a filosofia deveria torná-lo mais inteligente para a vida e não ?para a escola?. De Hegel, os estudos colocam em relevo a atenção conferida pelo filósofo à história da filosofia na construção do pensamento filosófico. Expressando seu posicionamento a esse respeito, de um modo resumido, em sua Propedêutica filosófica, Hegel afirma que a ?exigência habitual num ensino introdutório da filosofia é que se deve começar pelo existente e, a partir daí, levar a consciência para mais alto, para o pensamento?. Para esse debate, cujos extremos são ilustrados por Kant e Hegel, outros autores podem ser convidados, como é o caso, por exemplo, de Nietzsche, com a proposição de que uma filosofia, uma vez apreendida, deve ser vivida; ou de Merleau-Ponty, que aponta para o ?difícil equilíbrio? entre um texto e seu leitor; ou ainda de Martial Guéroult com suas proposições sobre a legitimidade da história da filosofia. Nesse debate, a posição assumida neste projeto é de uma contraposição entre o ensinar a filosofar e a história da filosofia é apenas aparente, a não ser que se conceba a história da filosofia como uma erudição vazia, um conhecimento enciclopédico estranho à vida dos estudantes. O objetivo desta pesquisa é, assim, explorar as correlações recíprocas entre a história da filosofia e o ensinar a filosofar, entre o texto filosófico e o seu leitor, tendo em vista um tipo de abordagem da história da filosofia e do texto clássico que atenda justamente ao propósito de levar ao filosofar e à produção do pensamento autônomo.. Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. Alunos envolvidos: / Mestrado profissional: (1) . Integrantes: João Paulo Simões Vilas Bôas - Integrante / Antonio Edmilson Paschoal - Coordenador / Catherinne Melo Alves - Integrante / Arivan Miculis Reigota - Integrante. Número de produções C, T & A: 4 Membro: João Paulo Simões Vilas Bôas. |
2. | 2020-2023. Pensar educação com Félix Guattari: da máquina escolar à microrrevolução do desejo Descrição: O objetivo geral do projeto é investigar o pensamento de Félix Guattari na vertente de sua atualização e potência analítico-conceitual para a área da Educação. De modo específico, privilegia-se pesquisar como a máquina escolar tem sido montada e desmontada conforme os interesses produtivos da sociedade capitalista contemporânea. No cerne dessa questão encontra-se a produção de subjetivação otimizada por atitudes, comportamentos, ações e modos de se relacionar às expensas da lógica da própria máquina capitalista. A hipótese analítica é a de que as experiências de microrrevolucões de desejo podem instar os seus sujeitos a agir com o intuito de curto-circuitar o estado atual da máquina escolar. Nessa perspectiva, pensar a topografia da máquina escolar é ativar rupturas e atopias, produzir outros fios de agenciamentos com a experiência escolar e a educativa, criar outras derivações que potencializam a produção de subjetivação considerando os processos de singularização e de relações grupais ? grupos-sujeitos, resistindo, assim, o próprio modo de produção de desejo e de subjetivação da sociedade capitalista. Por se tratar de uma pesquisa de aspecto teórico, a metodologia apoia-se, sobretudo, na investigação bibliográfica da obra de Félix Guattari, seus intérpretes e comentadores. Palavras-chave: Félix Guattari; máquina escolar; sociedade capitalista; produção de subjetivação; microrrevolução de desejos. Processo:20/04174-7 (fapesp). Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa. Integrantes: Carlos Eduardo Ribeiro - Integrante / ALEXANDRE FILORDI DE CARVALHO - Coordenador / Silvio Donizetti de Oliveira Gallo - Integrante / Pedro Angelo Pagni - Integrante. Membro: Carlos Eduardo Ribeiro. |
Data de processamento: 16/11/2024 16:26:33